quinta-feira, 10 de maio de 2012

"...É preciso, para que essa ilha dos amores possa existir, que o homem possa entender que o capitalismo existe, não para ficar continuamente, tendo mais lucro, contando mais juros, e pagando mais divídas pedindo mais dinheiro emprestado, m...as terminar num ponto em que a economia desapareça completamente, em que haja tudo para todos. Primeiro ponto. Segundo ponto: que aí o homem possa passar à sua verdadeira vida, que é a de contemplar o mundo, ser poeta do mundo, e o mundo poeta para ele, de tal maneira que nunca mais ninguém se preocupe com fazer tal ou tal obra, mas por ser tal ou tal objecto no mundo, a identidade dele, a única. O ser único que existe no mundo entre os tais biliões de seres que pelo mundo existem. Então isso aí é alguma coisa que muita gente hoje pode ter como ideal. Muita gente tem como ideal e toda a gente, podemos dizer, tem como ideal. Com um feitio, com outro feitio, de uma maneira, ou de outra maneira, e que talvez realmente um dia tome conta de todo o mundo. " Agostinho da Silva, in 'Entrevista'



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