quarta-feira, 19 de maio de 2010

MORRER DA CURA

EU IMAGINO o que Sócrates ouviu em Bruxelas e o ministro das Finanças teve de engolir! Se a Merkel se ri deles na própria cara, como no vídeo que passa aí na Internet para nosso desgosto e vergonha, o que não terá sido aquela reunião à porta fechada!

Eu compreendo e agradeço que mais vale puxar as orelhas aos caloteiros do que ter de chamar a brigada das cobranças difíceis!

Vamos lá ver se chegam estas medidas ps! Sopram-me de Bruxelas que não chegam… vamos sofrer tanto como os gregos, para não apertarmos o pescoço do Zé Povinho com uma mão e assinarmos o troço tresmalhado do TGV com a outra, no mesmo dia!

Ora estas medidas anunciadas vão ser lindas! Digo-vos eu que noutras paragens já vivi “semanas de trabalho de três dias”, congelamentos de salários, suspensão de subsídios de férias, recolher obrigatório, estado de sítio, e tudo o que de pior se possa imaginar. Vamos ver se não morremos da cura…

Uma coisa é certa: pagamos impostos a mais para o desenvolvimento que temos. E quando três quartos da despesa primária é para pagar os vencimentos dos funcionários públicos, devemos perguntar, como se fôssemos alemães, se eles não poderiam também ajudar-nos melhor a pagar o que devemos e que até nos faz corar.

Por Joaquim Letria

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